Com a supervisão da professora e fisioterapeuta Dayane Cristina Vieira, as acadêmicas da nona fase do curso de Fisioterapia da Uniplac, Isabela Provesi e Alice Gerber desenvolveram uma intervenção fisioterapêutica. O alvo foram pessoas em situação de rua que frequentam o centro POP no município de Lages. A ação tem o intuito de avaliar o equilíbrio e flexibilidade pré e pós o treinamento funcional que está sendo realizado. Esse projeto propõe o atendimento de forma semanal, durante 30 dias.
O POP não apresenta fins lucrativos e presta atendimento indivíduos de ambos os sexos com idade entre 18 e 60 anos, de segunda a sexta das 7h até as 18h, com média de 50 usuários por dia. Atende pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradias e de sobrevivência, visando o convívio grupal e social e o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito além de estimular a organização, mobilização e participação social.
“Visto que são esquecidos na maioria das vezes pela sociedade e também pela área da saúde, surgiu a preocupação nessa população, onde a maioria apresenta a saúde comprometida por diversos fatores: as condições de rua, a violência, insegurança, ausência do conforto, exposição a doenças...A intervenção se dá não apenas no equilíbrio e na flexibilidade deles, e sim na qualidade de vida e na integração com eles”, relata a professora Dayane.
Para o atendimento se tornar possível, o apoio da profissional de Assistente Social e coordenadora do Centro POP, Mara Rita Da Silva foi fundamental, facilitando o vínculo com as pessoas em situação de rua e as intervenções. A inserção da fisioterapia na comunidade terapêutica promove práticas que, através de um treinamento funcional com exercícios de alongamento muscular desencadeia o desenvolvimento da consciência cinestésica, controle corporal, melhora da postura, equilíbrio muscular estático e dinâmico, melhora da força, coordenação motora, resistência cardiovascular, aumento da flexibilidade e propriocepção das pessoas em situação de rua.
“Os benefícios propostos a esse público são relacionados ao aperfeiçoamento em suas atividades de vida diária, mantendo a mobilidade funcional, além de proporcionar maior autonomia e qualidade de vida”, comentam as acadêmicas.