"Conhecer costumes e culturas diferentes, aumentando o repertório visual" - comenta a Coordenadora do grupo, Rosecéli Martinhago Vieira. Esta foi a proposta de mais uma viagem promovida pelo grupo Arte na Escola, da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), que contou com educadores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Desta vez, a partida ocorreu em Lages, em 14 de agosto, e o destino a ser alcançado foi Santiago, capital do Chile. Além de cidades costeiras do Oceano Pacífico, a Cordilheira dos Andes, que faz a divisa do país com a Argentina, integrou o percurso.
Entre Córdoba e Mendoza, as terras argentinas
A cidade de Córdoba, na Argentina, foi um dos pontos em que o Grupo teve contato com parte da história sul-americana. Município fundado por jesuítas em 1573, Córdoba oferece, no passeio, vistas à Catedral, às praças, e permite o contato com a arquitetura típica de suas construções históricas. A cidade divide o território dos pampas e a serra do país.
Em seguida, os visitantes atravessaram a Serra Alta, trecho que leva este nome por estar a 2300 metros de altitude, até que chegassem à capital da província – como são conhecidos os estados argentinos –, Mendoza. Entre as atrações da cidade de 120 mil habitantes, no centro da região vinícola do país, além de degustações, pastas, vinhos, azeite de oliva e chocolates, foi possível conhecer as ruas largas e arborizadas, suas muitas praças – dentre as quais a popular San Martín – recheadas de plátanos canadenses, árvores com folhas de cores de tons flamejantes, entre o vermelho e o laranja.
No caminho, uma parada para conhecer o Vale Aconcágua e também para fazer a descida pelos Caracoles, com suas 29 curvas e uma paisagem tomada pela neve por todo o vale. A curiosidade, por conta do guia turístico que comandava a travessia: Mendoza convive com a falta d’água, e a previsão é de que sua quase extinção está prevista para os próximos dez anos, uma vez que depende exclusivamente de fontes subterrâneas e do derretimento das geleiras para se abastecer. A viagem seguiu rumo às pré-cordilheiras, com 3200 metros de altitude, formadas pelo movimento de placas tectônicas há 300 milhões de anos, que ainda hoje passam por tremores diários.
O destino: Santiago, no Chile
Enfim, depois de todo o percurso, o Grupo Arte na Escola chegou ao destino: Santiago. Com sete milhões de habitantes, a capital, localizada entre a Cordilheira dos Andes e Costeira, é uma das mais importantes cidades da América Latina. Depois da chegada à capital chilena, o grupo visitou ainda Viña del Mar, conhecida como a cidade jardim, e Valparaíso, município portuário repleto de casas coloridas e funiculares, espécie de bondinho para subir colinas íngremes. Na conta, com isso, duas cidades diferentes das mais visitadas do Chile.
De volta a Santiago, entre as belezas naturais e as construções à prova de abalos sísmicos – recorrentes naquele território – os integrantes do grupo conheceram a famosa Vinícola Concha y Toro e o restaurante Bali-Hai, onde assistiram a umespetáculo folclórico com danças da Ilha de Páscoa e da Polinésia. Outra oportunidade única no país foi a subida ao Valle Nevado, um dos pontos turísticos mais procurados, com três mil metros de altitude, ao longo das 60 curvas até o pico da montanha que, curiosamente, tem a maior área esquiável da América do Sul. No retorno às terras brasileiras, o grupo passou novamente pelo Vale Aconcágua, em contato com a neve pelas montanhas, com uma parada para conhecer as ruínas da Puente del Inca, paisagem natural que é um típico cartão postal. Desta forma, os participantes da viagem já têm novo encontro marcado: no final de novembro a viagem será até Urupema, região da Serra Catarinense.
Texto Marcia Zart