Para fechar o Setembro Amarelo, mês de prevenção do suicídio, o curso de Psicologia da Uniplac exibiu o curta-metragem “Breve”, na noite de sexta-feira, 28, no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), da Uniplac.
Após a exibição, o evento voltou às atenções à discussão sobre o tema. A partir de uma roda de conversa foi abordado a importância do diálogo e prevenção, além da forma como a mídia deve abordar o suicídio. “Nos meios de comunicação e nos manuais de redação orienta-se que não se pode falar em casos suicídio, pois a discussão pode fazer com que mais pessoas venham a cometer o ato”, destaca a repórter da NSC TV, Eduarda Demeneck.
Apesar disso, a repórter, que também é professora no curso de Jornalismo, observa a necessidade de discutir o tema. “Não falar do ato do suicídio não quer dizer que não podemos falar de suicídio. Ou seja, o papel do comunicador não é só informar, mas também instruir a sociedade. Por isso a importância de conversar sobre as formas de prevenção. “
A roda de conversa também foi importante para a profissionalização dos acadêmicos do curso de Psicologia. “Até pouco tempo atrás, suicídio era tabu. Ninguém falava sobre isso. Formando os estudantes que estão aqui, já nessa perspectiva de introduzir que o suicídio é uma questão de saúde pública, favorece quem estará se formando na Uniplac”, comenta a Coordenadora de Psicologia, Vivian Fátima de Oliveira.
A prevenção não acaba em setembro
Lages disponibiliza três Centros de Atenção Psiciossocial (Caps), os quais atendem pessoas com ideias suicidas e que tentado cometer o ato. Os pacientes podem acessar o programa sem necessidade de encaminhamento médico e cada unidade do Caps possui profissionais de referência de plantão. “Será feita uma escuta qualificada, dadas as primeiras orientações e, se necessária, a inclusão do paciente no programa”, destaca a Gerente do Centro de Saúde Mental de Lages, Janaína Schlickmann.
O “Breve” foi produzido a partir de uma experiência própria do roteirista Fabrício Camargo para discutir o tema em forma de filme e retomar os diálogos acerca da prevenção do suicídio. “ O tema está sendo abordado da mesma forma e isso faz com que as pessoas tenham um receio muito grande de abordar. O curta vem achar novas formas de falar sobre o assunto, colocar soluções, mostrar os caminhos que as pessoas podem tomar. “
June de Barros/ Agência CNU