Um ato cotidiano, corriqueiro, como falar ao telefone ganha novas dimensões ao considerarmos a barreira que significa aos deficientes auditivos. Segundo o censo de 2000 do IBGE, existem hoje no Brasil cerca de 5,7
milhões de deficientes auditivos ou surdos que convivem diariamente com as dificuldades na busca pela inclusão social. Ciente desse número e dessa realidade, a Uniplac amplia seu preparo para receber essas pessoas na instituição. A Universidade já vem desempenhando papel relevante nesse sentido, oferecendo intérpretes em sala de aula e possibilitando, assim, o acesso dos deficientes auditivos ao ensino superior. Com um número significativo desses acadêmicos, matriculados em diversos cursos, o espaço físico da Universidade pede também uma estrutura física ainda mais adequada para melhor recebê-los. Por isso, a pedido da Uniplac, a Brasil Telecom entregou, na manhã do dia 13 de março, um aparelho telefônico TDD (Telecomunications Device for Deaf) à instituição.
E na tarde desta segunda-feira, às 16 horas, o aparelho foi oficialmente inaugurado, com a presença do Reitor - Professor Gilberto Borges de Sá, do Pró-Reitor de Ensino - Professor Dagoberto Sabatini Fernandes, Professora Lenice Boscato, representante da Brasil Telecom - senhor Tarcísio Pickler e representantes da mídia local.
O aparelho instalado no Centro de Convivência da Universidade realiza ligações gratuitas, está aberto a toda a comunidade surda e permite aos deficientes auditivos realizarem ligações telefônicas. O TDD é um telefone público especial que possui teclado alfanumérico e display capazes de possibilitar a comunicação de deficientes auditivos pelo sistema telefônico convencional, para qualquer terminal, fixo ou móvel de qualquer operadora. O aparelho funciona da seguinte forma: o usuário entra em contato com uma central da Brasil Telecom, via número especial (142) e, a partir daí, todo o interfaceamento é feito pelo operador da Brasil Telecom. A comunicação é escrita no teclado do TDD, que mostra no visor o texto que o operador transmite ao receptor e vice-versa, ou seja, o receptor fala ao operador que, por sua vez, digita o texto ao deficiente auditivo ou de fala, que lê os textos na máquina. Certamente, uma conquista significativa à comunidade lageana.