Quem participou da 3ª da Bienal do Livro nesta terça-feira (30) à noite, ficou surpreso com o silêncio que tomou conta do Centro Serra por alguns minutos. Não, não foi por falta de atração, muito pelo contrário. Uma apresentação cultural nova para quem está acostumado com sons e muito barulho. Isso porque a peça teatral “O casamento da Ratinha” foi dramatizada apenas com a Língua Brasileira dos Sinais (Libras).
Esse foi mais um desafio lançado aos participantes do curso de Formação Continuada em Educação Inclusiva - Libras - da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac). A devolução dos trabalhos de encerramento do semestre, que antes era feita por meio da contação de histórias, agora ganha novo formato. E aprovado pelos participantes, já que a apresentação conquistou o público que assistiu à peça.
De acordo com a professora Lenice Boscato, todas as expectativas foram superadas. “Eles estavam um pouco nervosos, mas o empenho e o envolvimento de cada um deles naquele momento fez com que o nervosismo sumisse e a bela apresentação acontecesse”.
O espetáculo foi dividido em dois momentos. No primeiro, os alunos do módulo avançado, todos vestidos de preto e com máscaras de animais, dramatizaram a peça. A história foi contada apenas com os sinais e expressões corporais, sem oralização, ou seja, sem o uso da voz para interpretação. Já a segunda parte contou com a participação dos integrantes do módulo básico na interpretação de uma música.
No próximo semestre, os trabalhos serão apresentados na Universidade, especialmente nas turmas de oficina pedagógicas vinculadas à Associação de Pais e Amigos de Surdos ( Apas).