O grupo de pesquisadores “Cultura e Desenvolvimento” trabalha há mais de cinco anos numa das regiões mais belas de Santa Catarina, a Coxilha Rica. E no último ano, o trabalho foi dedicado e elaboração do livro “Saberes e fazeres, cores e sabores da Coxilha Rica”. O lançamento da obra será nesta quarta-feira, 8 de julho, no Museu Histórico Thiago de Castro.
Fazer um bolo-frito não implica apenas no misturar dos ingredientes. Existe um costume, uma história de como preparar o alimento que vai à mesa da família. Não basta apenas saber que no café da manhã de muitos serranos existia o feijão-mexido, e que ele simplesmente não está mais presente nessa é a principal refeição do dia. Por quê? A resposta dessa e outras perguntas, sobre assuntos que se “perderam” com o tempo, estão contidas no livro.
Uma das autoras, Elusa Camargo, conta que para elaborar as 80 páginas, foram percorridas mais de 15 cozinhas de moradoras da localidade de São Jorge. “Nós descrevemos as histórias dessas mulheres contadas a partir dos alimentos”. Segundo ela, os costumes de suas mães e avós estão presentes em cada um dos ‘fazeres’. “Só depois dessa pesquisa descobrimos o porquê de muitas coisas”, diz.
Além das lições de vida e das fotografias, o livro contém receitas de alimentos como a bijagica e a rosca de coalhada. Vela e sabão caseiros também são ensinados. A tiragem é de dois mil exemplares, sendo que seiscentos deles serão destinados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), patrocinador do projeto. A distribuição será gratuita