Cerca de 40 alunos participaram da atividade de campo oferecida pelo curso de Biomedicina da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) nesta sexta-feira (3). A cena hipotética de um crime foi montada no próprio campus. Um cadáver (esqueleto de acrílico) foi enterrado no local e a missão dos alunos era descobrir onde estava o corpo e qual a causa da morte do individuo. Para acompanhar a perícia de campo e fazer as orientações sobre arqueologia forense, os estudantes trouxeram o biomedico Artur Limp, perito criminal do Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Publica de São Paulo.
Antes de chegar ao local, os alunos que foram divididos em dois grupos, tiveram a aula teórica. Na prática eles aprenderam, por exemplo, como isolar a área, fazer o mapeamento do território e o arquivo fotográfico da cena. O estudante Paulo Exterchöter conta que em uma perícia criminal vários profissionais podem executar a atividade, mas apenas o biomédico tem conhecimentos laboratoriais para a realização testes como o sorológico, bioquímico e toxicológico. “Através da biologia molecular podemos identificar o corpo, saber a causa e o tempo da morte”, diz.
Segundo o aluno Geison Ezequiel, esse é um assunto que chama bastante a atenção dos acadêmicos de biomedicina por conta dos seriados que passam na televisão. “Nos sentimos instigados a conhecer como aquelas investigações são feitas de verdade, pois sabemos que essa pode ser uma prática profissional do biomédico e ainda porque esse é um mercado bastante promissor”.
Limp reforça que em um trabalho minucioso com este, a equipe profissional tem de estar bem preparada para atender os anseios da sociedade que deseja que nenhum crime fique impune. “Essa atividade na academia é muito importante, porque traz um pouco da realizada vivida por nos no dia-a-dia profissional e ajuda esses alunos a esclarecer muitas dúvidas”.
Além da arqueologia forense, Limp falou sobre investigação criminal durante palestra, na quinta-feira (2), e ministrou uma oficina sobre identificação papiloscópica.