Expedição no Peru estuda a vida de mamíferos

No início deste ano, o professor do curso de Ciências Biológicas, Marcelo Mazzoli, vivenciou mais uma experiência em sua área gerenciando o projeto de estudo de mamíferos. Veja abaixo como Mazzoli, que também é responsável pelo projeto Puma, conta a aventura dessa expedição no Peru. Foram 8 horas de lancha do Porto de Maldonado, na fronteira do Brasil com o Peru, até a base de campo de pesquisa, com um grupo de 10 estrangeiros voluntários, guias, e o pesquisador da expedição.A minha participação foi a de gerenciar o projeto de estudo de mamíferos, especialmente os grandes gatos e suas presas. O que mais me impressionou foi a quantidade de animais na área. A cada caminhada era possível visualizar diversas espécies de macacacos, e cada vez que eu inspecionava minhas \'armadilhas de rastros\' encontrava as impressões de onças. Com as armadilhas fotográficas conseguimos algumas fotos. Isto foi surpreendente para quem, como eu, estava acostumado a pesquisar onças-pintadas na Serra do Mar. Apesar de considerado o melhor refúgio da onça-pintada em toda a Mata Atlântica, na Serra do Mar nossos grupos levam um mês para registrar um único rastro, atestando o estado avançado de empobrecimento do ambiente litorâneo, e o fracasso das políticas de conservação até o momento. Resultado, as espécies resistem melhor quanto mais longe do homem. As expedições no Peru vão continuar, e minha participação também. Mas meu sonho é ver as populações de espécies do sul vicejar, retornar, e para isto precisamos rever as atuais políticas de ocupação territorial. Isto só será possível se incorporarmos aspectos de manejo da biodiversidade nos planos de desenvolvimento. Enquanto os planos de ocupação e desenvolvimento regional não incorporarem técnicas e procedimentos básicos de conservação e manejo, as quais levam em conta a exigência mínima de comunidades de espécies, continuaremos testemunhando a perda constante e inexorável da biodiversidade. prof. Dr. Marcelo Mazzolli UNIPLAC/Projeto Puma

Isto foi surpreendente para quem, como eu, estava acostumado a pesquisar onças-pintadas na Serra do Mar. Apesar de considerado o melhor refúgio da onça-pintada em toda a Mata Atlântica, na Serra do Mar nossos grupos levam um mês para registrar um único rastro, atestando o estado avançado de empobrecimento do ambiente litorâneo, e o fracasso das políticas de conservação até o momento. Resultado, as espécies resistem melhor quanto mais longe do homem.

As expedições no Peru vão continuar, e minha participação também. Mas meu sonho é ver as populações de espécies do sul vicejar, retornar, e para isto precisamos rever as atuais políticas de ocupação territorial. Isto só será possível se incorporarmos aspectos de manejo da biodiversidade nos planos de desenvolvimento.

Enquanto os planos de ocupação e desenvolvimento regional não incorporarem técnicas e procedimentos básicos de conservação e manejo, as quais levam em conta a exigência mínima de comunidades de espécies, continuaremos testemunhando a perda constante e inexorável da biodiversidade.

prof. Dr. Marcelo Mazzolli
UNIPLAC/Projeto Puma
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