Em reunião que objetivou apresentar à imprensa regional os dados reais da Fundação UNIPLAC no que diz respeito à sua condução administrativa e financeira, estiveram presentes os Conselhos de Administração e Fiscal da Fundação que, representados pela presidente do Conselho de Administração Luci Ramos, e com o apoio dos gestores de setores da Fundação e do Departamento Jurídico, expuseram diversas informações desde o início do processo de intervenção até a atualidade. Do outro lado, representantes dos veículos de imprensa de Lages se fizeram presentes, assim como alguns acadêmicos.
O tema central do encontro, chamado “Café com a Imprensa”, foi esclarecer sobre a intervenção e os reajustes de mensalidade, para que, como ponte com a sociedade a imprensa repasse de forma correta e com a maior clareza possível estas informações.
Sobre a Intervenção Judicial, iniciada em 2008, relatou-se todo o processo e trabalho intervencionista realizado inicialmente com o intuito de regularizar a situação salarial junto aos colaboradores da Instituição, em seguida o parcelamento das dívidas tributárias e também as negociações e parcelamentos das dívidas bancárias.
A respeito do primor pelo pagamento aos bancos em detrimento a outros pagamentos como, por exemplo da hora-atividade, ficou claro que, como a Universidade em sua qualidade de instituição privada tem sua receita totalmente proveniente do recebimento das mensalidades - receita da qual 80% é destinado ao pagamento de salários dos servidores, 10% aos parcelamentos das dívidas e, os outros 10% reinvestido na manutenção e atividades da Universidade - existe a necessidade da Fundação em contar com parcerias em convênios com o Governo para poder instituir projetos e programas diversos inclusive de bolsas de estudo, assim como para investimentos com os que foram realizados em melhoramento de estrutura (Ex.: Midilages, Laboratório LATIENS, Nova Creche etc.). Mas para manter esses convênios é necessário que a Fundação esteja com suas negativas em dia, para que se enquadre nos programas governamentais.
Assim, considerado o limite de 10% de comprometimento da receita, ano a ano a intervenção vem negociando as dívidas bancárias. Já foram negociadas e parceladas 06 instituições com as quais os valores da dívida tiveram redução de cerca de R$ 42 milhões. Há ainda outras seis instituições financeiras a negociar, que totalizam pouco mais de R$ 12 milhões. Estas negociações serão realizadas assim que assim que a Fundação tenha condições financeiras de arcar com os parcelamentos advindos desses valores.
Há ainda o processo judicial da hora-atividade para o qual já foram apresentadas propostas pela Fundação ao Sindicato da Categoria, que não foram aceitas e agora aguarda a decisão do Tribunal Regional do Trabalho.
Sobre o reajuste de mensalidade, previsto no contrato de prestação de serviços ao acadêmico, foram elencados pelo Conselho da Fundação os componentes da fórmula utilizada: o reajuste dos diversos serviços necessários para manutenção da atividade da Fundação e Universidade, assim como o reajuste de salários de professores e técnicos administrativos. Vale ressaltar que o reajuste de salário acontece sem a influência da Fundação pois é decidido pelas convenções coletivas das categorias. Já o reajuste de mensalidades, considerados os índices já comentados, é proposto e negociado pelo Conselho de Administração junto ao Diretório Central do Estudante – DCE UNIPLAC. Neste ponto a presidente Luci faz um adendo importante: “Se fosse incorporada a dívida da hora-atividade o reajuste teria que ser de 18,35%, mas em negociação com o DCE, ficou acordado em manter o reajuste aplicado no exercício 2012, que é de 10,35%”. A presidente também demonstrou um gráfico que considera todos os índices e indexadores de mercado, assim como o comparativo do crescimento salarial dos funcionários da Fundação com o reajuste de mensalidade. Neste último pode-se perceber uma defasagem de 7,91%, ou seja, o total da mensalidade reajustada do período de 2007 a 2013, não cobre o valor do reajuste salarial neste mesmo período.
Apesar de tudo isto, a UNIPLAC é uma instituição viável, tanto financeiramente, se a sociedade e comunidade acadêmica tiverem a paciência que a atuação planejada e projetada em longo prazo exige, como socialmente, já que sua atuação há 53 anos no Planalto Catarinense, com o resultado de cerca de 17mil profissionais formados, garante a qualidade de suas atividades tanto no ensino, quanto na pesquisa e extensão, contribuindo com o desenvolvimento regional sustentável.
São muitos os esforços da Fundação UNIPLAC, enquanto instituição mantenedora, e seus Conselhos de Administração e Fiscal compostos por pessoas voluntárias, representantes da comunidade serrana, e também da Universidade com seu Conselho Universitário, composto por representantes da comunidade acadêmica, em manter a Instituição em funcionamento e é essencial para a região e até para o estado de Santa Catarina a continuidade das atividades da Uniplac.