Simpósio Municipal de Saúde Bucal marcou o fechamento do mês de outubro na Uniplac
Evento realizado no dia 31 de outubro tratou da promoção de saúde bucal
Reunidos na Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), em Lages, no dia 31 de outubro de 2013, no Seminário Regional de Saúde Bucal e I Simpósio Municipal de Saúde Bucal, membros da comunidade acadêmica, Conselho Regional de Odontologia, Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, profissionais da rede de atenção do SUS e representantes da Secretaria de Estado da Saúde debateram questões relativas à vigilância da água com ênfase nos desafios de monitorar a água fluoretada, e ainda, o diagnóstico precoce de câncer bucal.
A palestra de abertura do evento trouxe o renomado profissional Paulo Capel Narvai, doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Paraná, que falou sobre os benefícios e riscos do uso de fluoretos na odontologia. “Empregar produto com flúor para prevenir cárie dentária tem o inconveniente de produzir graus leves de fluorose dentária, mas não utilizá-lo tem o inconveniente de não impedir o aparecimento de uma doença (cárie) evitável com o seu uso”, comentou o Dr. Capel, reforçando aos participantes do seminário que a adição de fluoretos às águas de abastecimento público é considerada a forma coletiva de aplicação de flúor mais importante em Saúde Pública, pois alcança a combinação das máximas: eficácia, efetividade e eficiência. “Não fluoretar a água ou interromper sua continuidade deve ser considerada uma atitude juridicamente ilegal, cientificamente insustentável e socialmente injusta”, afirmou.
Segundo a professora Mirian Kuhnen, coordenadora da Residência Multiprofissional da discussão articulada pelo Coordenador Estadual de Saúde Bucal Drº João Carlos Caetano, juntamente com Drº Capel, Drª Ramona Toassi da UFRG e representante da Vigilância Estadual, resultou na elaboração de uma declaração que será enviada aos municípios da Região da Serra Catarinense e autoridades da Vigilância em Saúde como um alerta para regularizar os teores de flúor na água de abastecimento público. “Para que a medida alcance o máximo de benefício com um mínimo de risco é necessário que os municípios da região possam ter seus técnicos treinados e capacitados para realizar corretamente a administração dos sais de fluoreto”, informa a professora, pontuando ainda a necessidade da realização de análise de água na região, com a implantação do Laboratório Regional, o investimento em modernização nos procedimentos de fluoretação pelas empresas de saneamento invistam , como melhorais necessárias para assegurar às populações dos municípios da região os benefícios proporcionados pelas ações de vigilância da qualidade da água.
Palestraram também os doutores Carolina de Oliveira Azim e Pedro Ervin Specht Schurmann abordando o tema Câncer Bucal.