Há 16 anos, a professora aposentada Ivonete Righetto viu a mãe, Lenir Righetto, apresentar os primeiros sintomas da doença de Alzheimer. “Ele repetia a mesma história várias vezes, esquecia facilmente as coisas”, conta. Nos primeiros anos vários médicos foram consultados para compreender melhor o que estava acontecendo. Aos poucos a família foi aprendendo a lidar com a situação. Depois da morte do pai, Ivonete diz que cada filho recebia dona Lenir por um mês em sua casa. “Dessa forma não deu certo, e por orientação médica voltou para casa. Hoje, mora com duas cuidadoras. Os filhos ficam com ela nos finais de semana. É muito bem cuidada no cantinho que é só dela”.
Experiências como as de Ivonete são trocadas e discutidas durante o encontro do grupo de apoio aos familiares dos portadores da doença de Alzheimer na Uniplac há cerca de quatro anos. Na noite desta terça-feira (10), além dos participantes do grupo, alunos dos cursos de Psicologia, Enfermagem, Biologia e Educação Física puderam compartilhar informações. Essa foi a primeira vez que a discussão se abriu para um grupo maior de pessoas. Depois da exibição do filme “Íris”, que conta a história de uma romancista acometida pela doença, os participantes puderam debater sobre esse assunto.
Ivonete participa dos encontros há três anos. Para ela, o suporte recebido faz com que o enfrentamento do processo do convívio e os cuidados com os idosos portadores da doença sejam compreendidos com mais facilidade. “Essa ajuda é muito importante, mesmo para aqueles que, assim como eu, não estejam tão próximo da pessoa doente, ou aqueles que não conseguem aceitar a condição de ter um pai ou mãe com Alzheimer”.
O encontro mensal do grupo com profissionais e acadêmicos das áreas da psicologia, enfermagem e educação física está agendado para o dia 19, no Centro de Ciências da Saúde da Uniplac, a partir das 14 horas. Para aqueles que desejarem participar das reuniões ou ter mais informações, a equipe disponibiliza o contato telefônico pelo número 3251 1099.