Depois de visitar a Fundação Catarinense de Educação Especial, trabalhar durante dois dias com os integrantes da Associação Serrana dos Deficientes Físicos (ASDF), a professora amazonense Maria Francisca Nunes de Souza chega à Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) para conhecer o trabalho desenvolvido no curso de extensão formação continuada em educação inclusiva – Língua de Sinais – Libras. Esse curso é oferecido à comunidade em três módulos: básico, intermediário e avançado. Cada um deles tem cerca de seis meses de duração.
Foi por intermédio de uma docente da Uniplac que Maria Francisca soube do trabalho realizado na Instituição há cerca de cinco anos. Por conta da sua atuação na Universidade Federal do Amazonas, no campus de Benjamim Constat, município que faz divisa com o Peru, nos cursos de licenciatura com a disciplina de Libras foi que resolveu vir pessoalmente à Instituição.
Seu contato com alunos surdos iniciou em 2004, na Associação Pestalozzi de Coari. Desde então, seu interesse pela Libras foi aumentando, assim como a quantidade de estudos sobre o assunto. Os autores que escrevem sobre a língua são velhos conhecidos de Maria Francisca. Ela leu praticamente todas as publicações referentes a essa forma de comunicação. Daí ela ressalta a qualidade do curso em Lages. “Na minha leitura, a Uniplac pode ser considerada sim referência no ensino da Libras”.
Ela ainda destaca o trabalho realizado pela coordenadora do curso, professora Lenice Boscatto, na Instituição e na Associação dos Pais e Amigos dos Surdos (Apas). “Lenice é uma ótima professora, por isso propus a ela essa troca de conhecimentos”. Para auxiliar na construção do processo de ensino, tanto aqui, quanto no Amazonas, elas pretendem socializar as informações com visitas freqüentes às duas realidades.
Foto: Maria Francisca (centro) acompanha a primeira aula dos alunos do módulo básico deste semestre