O evento que proporcionou uma mesa de debates e exibição do áudio visual, Que terreiro é esse? Foi promovido para discutir com a comunidade sobre a presença das religiões de origem africana em Lages e os estereótipos existentes acerca delas.
Realizado no dia 1 de julho no CCJ da Uniplac, o evento contou com a presença de 170 pessoas que assinaram a lista, além dos organizadores. O publico foi composto por estudantes de jornalismo e história em sua maioria, porém representantes das licenciaturas de Artes Visuais, Musica, Letras e Pedagogia dividiram também suas inquietações sobre o tema. Compareceram espiritualistas, profissionais liberais, funcionários da Gered e professores da rede estadual e municipal.
De acordo com a organização foi realmente um momento histórico no sentido de reunir no espaço universitário os religiosos de matriz africana e a comunidade acadêmica. Foi destaque na fala de um Babalorixá a importância do segmento religioso Umbandista e seus adeptos estarem ocupando o espaço da universidade, já que este representa a pesquisa e a legitimação das ciências da religião. “Pontuamos essa atividade de extensão promovida pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, como fundamental para a difusão da cultura africana e afro-brasileira em sala de aula, a parceria da instituição, movimentos sociais e associações culturais”, destacam.
Esteve presente ainda o presidente do Superior Órgão Internacional de Umbanda e dos Cultos Afro. Segundo ele, é de suma importância valorizar a cultura negra para romper rótulos propiciando terreno para a injúria religiosa.
A partir desta perspectiva a universidade via extensão interage com a sociedade em seus diversos espaços de conhecimentos, saberes e práticas, proporcionando aos sujeitos envolvidos subsídios para o processo de ensino-aprendizagem, para ampliação das práticas de pesquisa e, acima de tudo, para a formação humana e cidadã integrada a missão da universidade enquanto Instituição Comunitária de Ensino Superior.