Diante de um novo momento econômico mundial, onde vislumbra-se valores financeiros superiores a milhões de dólares, o estado de Santa Catarina, através da Fundação de Apoio a Pesquisa Científica e Tecnológica (Fapesc), está promovendo a realização de seminários sobre Mercado de Crédito de Carbono.
A finalidade é fomentar o debate nas instituições como órgãos governamentais, universidades, associações de classe, sindicatos e tantas outras entidades que têm relação direta com o Meio Ambiente, explica o diretor de pesquisa agropecuária da Fapesc, Dr Zenório Piana.
Neste sentido, a Universidade do Planalto Catarinense sedia, nos dias 9 e 10 de março o 2° Seminário Catarinense de mercado de Créditos de Carbono, numa parceria com Governo do Estado, Udesc, Epagri, Fapesc e Uniplac.
A expectativa, segundo os organizadores, é de reunir um público de mais de 400 participantes, entre profissionais da área, professores e estudantes universitários, pesquisadores e empresários, além de autoridades governamentais. As inscrições podem ser feitas diretamente pelo site da Uniplac no endereço: www.uniplac.net/eventos/semencar
Para o sucesso deste segundo seminário estadual, palestrantes de renome internacional estarão em Lages, para discutir a situação atual do mercado de crédito de carbono no Brasil e no mundo.
Certificados de Crédito de Carbono
Créditos de carbono são certificados que países em desenvolvimento (como Brasil, a China e a Índia) podem emitir para cada tonelada de gases do efeito estufa que deixem de ser emitida ou que sejam retiradas da atmosfera. As Reduções Certificadas de Emissões, podem ser comercializados com países industrializados que não conseguem ou não desejam reduzir as suas emissões internamente.
Estes compram o direito de poluir, investindo em países em desenvolvimento. Esses projetos podem ser de redução de emissões, como os de reflorestamento e florestamento (seqüestro de carbono) ou projetos que evitam as emissões, como os projetos de energia limpa.
Além do comércio mundial, iniciado com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, existem diversos mercados crédito de carbono regionais, e é justamente nesse mercado que Santa Catarina pretende implementar negociações, conclui o diretor da Fapesc.