Dos 21 troféus do Prêmio Exemplo Voluntário 2006, concedido a representantes de instituições catarinenses no dia 5/12, Dia Internacional do Voluntário, em Florianópolis, dez foram dedicados a voluntários de escolas públicas, oito estaduais e duas municipais.
Entre os contemplados, encontra-se o acadêmico bolsista da Uniplac Rodrigo Moura da Silva, que participou do Projeto Escola Aberta à Cultura na E E B Melvin Jones. A escola tem um projeto comunitário com jovens bolsistas universitários e voluntários, onde Rodrigo fui muito mais além do seu período de estágio e da carga horária, dedicando total atenção no projeto Cine-Sala.
A iniciativa da Associação dos Voluntários em Ação de Santa Catarina e Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, em parceria com a Secretaria da Educação e SESC foi marcada pela emoção e reconhecimento das comunidades escolares.
Ao entregar o troféu para as escolas estaduais, a secretária da Educação, Elisabete Anderle, enalteceu a importância do trabalho voluntário nas escolas, categoria de premiação instituída nesta terceira edição do prêmio.
“O Exemplo Voluntário mostra, ao valorizar essas ações, que a comunidade deve sentir-se co-responsável pela escola, que depende da participação cidadã para alcançar seus objetivos e democratizar suas decisões”. Participaram do evento todas as 103 instituições inscritas, entre elas 74 organizações não governamentais, além de 29 voluntários que atuam em escolas públicas de Santa Catarina.
Rodrigo entrou como bolsista para cumprir quatro horas semanais, sua função seria a Cine-sala, escolher filmes e discutir com os presentes, de forma crítica, dando ênfase à realidade da comunidade em comparação com o filme e, propondo mudanças de atitudes na mesma.
Mas isso não aconteceu, não apenas sua função, ele começou a se interessar pelo projeto como um todo, percebendo a falta de recursos, busca auxílio de empreses locais e/ou pessoas para doações, inscreveu o projeto em algumas instituições privadas para seleção em suas áreas de Responsabilidade Social.
Preocupado com o pedagógico, incentivou e até algumas vezes chamou atenção dos colegas para a necessidade de se passar conhecimento, buscar informações e torná-las práticas para as pessoas que estiverem trabalhando e não apenas cumprir suas horas obrigatórias como bolsistas.
Participou ativamente auxiliando a coordenação do projeto, buscando alternativas e novidades para que a comunidade desenvolva, chegando por algumas vezes substituir a coordenadora em sua ausência, com total responsabilidade.
Passou a freqüentar quase que período integral aos finais de semana, tornando-se voluntário após o término de horas que deveria cumprir como bolsista do artigo 170, o mesmo, durante os dias da semana mostrou-se sempre disponível à responsabilidade do projeto.
Concedido pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio tem como objetivo identificar, selecionar e reconhecer pessoas que desenvolvam ações voluntárias. Mais do que enaltecer pessoas, a iniciativa busca difundir a cultura do voluntariado, aumentando o número de adeptos, esclareceu a presidente do Instituto Voluntários em Ação, Fernanda Bornhausen.